A Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) ou Doença Arterial Periférica Oclusiva é um tipo de doença vascular. Ela acontece após o bloqueio ou estreitamento de uma artéria. Na maioria das vezes, acomete membros inferiores.
A DAOP pode ser silenciosa e trazer consequências irreversíveis. Por isso, é importante que se conheça os sintomas, as formas de prevenção e os fatores de risco. Saiba mais sobre esse tipo de doença vascular abaixo:
O que é e o que causa a Doença Arterial Periférica?
A Doença Arterial Obstrutiva Periférica acontece quando o fluxo sanguíneo de uma artéria diminui muito ou é totalmente interrompido. Ela geralmente acontece nas pernas, mas também pode acometer os braços.
Quando uma artéria fica mais estreita que o natural, o suprimento de sangue das regiões alimentadas por elas diminui. Isso faz com que essas partes do corpo recebam menos oxigênio, e isso pode causar isquemia. Esse processo – que pode ser gradual ou repentino – resulta em frialdade (resfriamento da região), dor e até morte dos tecidos em questão.
A DAOP acontece geralmente em decorrência da aterosclerose. Esse é o nome dado ao processo de acúmulo de placa no interior das artérias. A placa é formada por substâncias gordurosas e colesterol, e seu acúmulo estreita os vasos sanguíneos. Esse estreitamento reduz o fluxo sanguíneo e, se houver acometimento grave, gera a Doença Arterial Periférica.
Apesar de serem menos comuns, há outras causas da Doença Arterial Obstrutiva Periférica. O estreitamento das artérias pode ser causado por:
- Displasia fibromuscular: crescimento anormal de músculo na parede da artéria;
- Vasculite: inflamação vascular;
- Tumor ou cisto cujo crescimento pressiona o vaso sanguíneo;
- Formação de trombo (coágulo), causando obstrução arterial súbita e total.
Doença Arterial Obstrutiva Periférica: fatores de risco
Qualquer um pode ter DAOP, mas ela é mais frequente em determinados grupos de pessoas. Entre 10% e 25% dos pacientes com a doença têm mais de 50 anos de idade. Além disso, ela pode ser assintomática e, portanto, diagnosticada apenas por exames de imagem.
A DAOP é mais comum em:
- Fumantes ou pessoas que já fumaram regularmente antes;
- Homens;
- Pessoas com diabetes;
- Hipertensos;
- Pessoas com níveis de colesterol anormal;
- Pessoas com histórico familiar de aterosclerose;
- Pessoas sedentárias e/ou com obesidade.
Os fatores de risco para Doença Arterial Obstrutiva Periférica, além de favorecerem seu surgimento, também contribuem para o agravamento do quadro.
Obstrução arterial: sintomas
Mas, afinal, quais os sintomas de obstrução arterial? Tudo depende da artéria em que a obstrução ocorre, e do grau do acúmulo de placa. Os sinais da Doença Arterial Obstrutiva Periférica também são diferentes em casos de obstrução repentina da artéria.
Se a obstrução for parcial, o corpo pode desenvolver algum tipo de circulação alternativa para “compensar” o obstáculo do trajeto. Isso faz com que a pessoa tenha DAOP, mas seja assintomática. Além disso, caso o paciente tenha outros problemas de saúde que limitam a movimentação, por exemplo, a DAOP pode não ter a chance de se manifestar.
Para que os sintomas de obstrução arterial apareçam, geralmente é preciso que mais de 50% de uma artéria esteja obstruída. Os sinais podem incluir:
- Dor ou câimbra nas pernas durante atividades físicas (sem relação com as articulações). Essa sensação costuma passar rapidamente após o repouso;
- Sensação de pernas cansadas;
- Dormência no membro afetado (costuma ser o sintoma mais comum da doença nos braços);
- Resfriamento de um membro;
- Palidez ou cianose (coloração azulada) no membro;
- Ausência de pulso ou pulso fraco no membro afetado;
- Pele com aparência ressecada, brilhante e com rachaduras;
- Ausência de crescimento das unhas do pé;
- Queda dos pelos das pernas;
- Necrose.
Quando a oclusão da artéria afetada é repentina, os sintomas são mais intensos e igualmente repentinos. Quando a oclusão é gradual, os sintomas também surgem gradualmente e podem passar despercebidos. Por isso, é importante que todos conheçam as características naturais de funcionamento do próprio organismo, visando identificar alterações.
Diagnóstico da Doença Arterial Periférica
A saúde das artérias, veias e outros vasos é o foco do médico vascular – ou seja, o médico que cuida da circulação sanguínea. Quando um paciente tem sintomas de obstrução arterial ou histórico importante de doenças vasculares na família, ele deve procurar um médico cirurgião vascular para avaliar o quadro e fazer o diagnóstico.
Parte do diagnóstico de DAOP é feita com o exame clínico. O especialista observa as características dos braços e pernas, avaliando a temperatura, a coloração e outros fatores. Além disso, ele pode usar equipamentos para sentir a pulsação na região, para avaliar a força do fluxo sanguíneo.
O exame clínico é essencial, mas alguns exames podem auxiliar no diagnóstico. São eles:
- Ultrassonografia doppler;
- Angiotomografia;
- Angiografia digital.
Com esses exames, é possível enxergar o nível de obstrução de uma artéria. Além disso, quando não há disponibilidade de exames de imagem, também é possível calcular o chamado Índice Tornozelo-Braço (ITB), que compara a pressão arterial das pernas com a dos braços.
Como tratar DAOP
O tratamento da Doença Arterial Obstrutiva Periférica depende do nível de obstrução e do estágio em que a condição se encontra no momento do diagnóstico. Além disso, ela depende também do estado clínico do paciente, da artéria acometida e dos fatores de risco.
Caso o paciente seja fumante, sedentário, tenha obesidade, diabetes e/ou hipertensão, são usadas mudanças de estilo de vida e medicamentos. Aqui, entram medidas como:
- Prática de exercícios com orientação médica e auxílio profissional;
- Mudanças alimentares para perda de peso e melhora dos níveis de insulina;
- Medicamentos para controle de diabetes e hipertensão;
- Fim do tabagismo.
Além disso, medicamentos antiagregantes plaquetários podem ser utilizados para reduzir o risco cardiovascular causado pela aterosclerose.
Em alguns casos, pode ser necessário se fazer cirurgia para Doença Arterial Obstrutiva periférica. Ela costuma ser feita quando o paciente tem um quadro grave que não apresenta melhora após tratamento conservador.
Nesses casos, pode ser realizada uma cirurgia que desobstrui ou contorna o bloqueio arterial. Caso um membro sofra necrose devido a isquemia, pode ser necessária a amputação dele, evitando a progressão dos danos.
Mais sobre Doença Arterial Periférica e cuidados vasculares
Quais as complicações da Doença Arterial Periférica?
A DAOP pode resultar em:
- Dor frequente;
- Perda de mobilidade;
- Prejuízo ao bem-estar geral;
- Isquemia;
- Necrose de membros;
- Amputação de membros;
- Óbito.
Qual o primeiro sintoma de veia entupida?
Uma artéria entupida pode não gerar sintomas. O surgimento de sintomas está ligado ao nível de obstrução. Se ele for baixo, o paciente pode ser assintomático. Se ele for alto, o paciente pode ter sintomas agudos como dor, feridas, necrose de um membro, formigamento, etc. Quando as veias entopem, estamos diante de outra doença, a trombose venosa.
Além disso, os sintomas também dependem da localização da veia entupida.
Qual exame detecta Doença Arterial Periférica?
O exame clínico é o principal para diagnosticar Doença Arterial Obstrutiva Periférica. Além dele, o especialista – um médico vascular – pode pedir:
- Ultrassonografia com doppler;
- Angiotomografia;
- Angiografia digital.
Prevenir DAOP é possível?
A prevenção de Doença Arterial Obstrutiva Periférica está na prevenção da aterosclerose, do diabetes e da hipertensão. A ocorrência dessas doenças também pode estar ligada a fatores genéticos que não podem ser controlados. Os fatores que podem ser eliminados ou minimizados dependem de:
- Boa alimentação;
- Acompanhamento médico regular;
- Prática regular de exercícios físicos;
- Evitar o consumo de álcool e o tabagismo.
O controle dos fatores de risco para DAOP também podem depender do uso de certos medicamentos que reduzem o risco cardiovascular.
Qual o tratamento para DAOP?
O tratamento para DAOP pode ser conservador, envolvendo:
- Uso de medicamentos antiagregantes plaquetários;
- Controle do diabetes e da hipertensão;
- Mudanças de estilo de vida contra a obesidade e o sedentarismo.
Em alguns casos, uma cirurgia de desobstrução da artéria afetada pode ser necessária.
Como encontrar o melhor médico para cirurgia vascular?
O melhor médico cirurgião vascular será aquele com boa formação e capaz de acolher e transmitir segurança ao paciente.
Além disso, porém, também é preciso buscar um profissional que ofereça abordagem humanizada, leve os relatos do paciente a sério e o deixe confortável.
Tem sintomas de doenças vasculares e precisa de ajuda? Entre em contato comigo e ficarei contente em te auxiliar!
Gostaria de saber mais? Clique Aqui.